Fomos sensibilizados pelo exemplo de Francielly Rodrigues Barbosa, estudante do 2º ano do ensino médio público de Moju, interior do Pará. Sua pesquisa foi reconhecida na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE) em função da relevância social, econômica e ambiental do seu projeto. Apesar de todas as dificuldades socioeconômicas, a jovem cientista de 16 anos desenvolveu um material substituto derivado das sementes de açaí que serve para repor o lixo utilizado em fundações de casas na Amazônia. A intenção de Francielly é que a matéria-prima seja utilizada como tijolo, o que já provou ser possível pelos testes de resistência iniciais feitos.
Sem celular, computador ou acesso à Internet, Francielly conseguiu catalogar os materiais mais desperdiçados em seu município e propor a solução para o problema dos aterros de fundação de casas locais, que hoje estão em situação risco por conta da emissão de gás metano gerado pela decomposição dos resíduos. Com o apoio da sua escola, do Clube de Ciências de Moju e de sua orientadora Danielle Pereira pôde participar da FEBRACE. “Ver uma aluna dedicada, que desde criança sempre se destacou nas Feiras de Ciências, ser premiada e sair de uma cidade pequena para o mundo é uma satisfação muito grande”, considera Danielle.
Pela relevância do seu trabalho, a jovem ganhou na feira de abrangência nacional dez prêmios entre publicações de artigos e credenciais para participação em outros eventos muito significativos, como uma viagem à Boston, onde irá ao MIT e Harvard. “Sei que o projeto tem um potencial incrível e estou cheia de ideias para melhorar a minha realidade. Mesmo com todas as dificuldades, não desistirei ou abaixarei a cabeça”, comenta Francielly.
Atualmente, a estudante arrecadando fundos para realizar o sonho de aprimorar sua pesquisa e melhorar a condição de vida em sua cidade natal. É possível contribuir com qualquer quantia para apoiar a campanha, basta acessar pelo link: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/fran-em-mit
A Francielly é uma menina brilhante do interior do Pará que, apesar de todas as dificuldades socioeconômicas, com 15 anos desenvolveu um material a partir da semente do açaí para substituir o lixo usado em fundações de casa na Amazônia. É um trabalho lindo em que sozinha, sem internet, estudando em colégio público estadual, ela foi atrás e criou esse material para poder ajudar a sua própria comunidade, que está em risco por causa da emissão de gás metano na decomposição do lixo.
Com o apoio do Clube de Ciências de Moju e de sua orientadora, Danielle, o projeto da Fran não só foi selecionado para a maior feira de estímulo ao jovem cientista do Brasil, a FEBRACE, como lá ele foi, dentre 346 projetos, o mais premiado: um impressionante total de dez prêmios.
Essa é a história da Fran, mas também a de muitos outros jovens cientistas de todo o Brasil que têm projetos inovadores em suas áreas e estão tentando vencer um sistema injusto para que os levem adiante.
Fonte:
Site UOL